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Como o trabalho voluntário pode contribuir para o desenvolvimento profissional?

Clarissa Pires | Sabrina Vida | Flávia D'Angelo • ago. 23, 2021

Programas de voluntariado podem se conectar com diversas áreas das empresas e ser uma ferramenta para que elas alcancem suas metas e objetivos. Uma das áreas beneficiadas é o setor de Recursos Humanos, que pode incluir o voluntariado como uma ação de  desenvolvimento profissional dos colaboradores.

Desenvolver profissionalmente os funcionários é investir no crescimento pessoal e profissional de cada indivíduo, garantindo que as pessoas e equipes se aprimorem, descubram talentos e sejam mais eficientes e engajadas em suas atividades. Se há alguns anos as competências técnicas eram as mais valorizadas, hoje sabemos que contar com equipes bem desenvolvidas em habilidades emocionais e comportamentais, as chamadas soft skills,  é essencial para as empresas. Neste cenário, o voluntariado se apresenta como um treinamento prático para o desenvolvimento dessas habilidades, pois demanda que o voluntário saia da zona de conforto, se exponha a um ambiente diferente e lide com novas pessoas em um contexto muitas vezes distinto do cotidiano pessoal e profissional. 


Este desenvolvimento pode ser potencializado por meio de ações de voluntariado de habilidades, também conhecido como pro bono: nesta modalidade, os colaboradores são expostos aos desafios organizacionais de uma ONG e doam seus conhecimentos e tempo para resolvê-los. O voluntariado de habilidades exige uma relação mais profunda com a ONG e também pede que o colaborador consiga criar soluções e planos estratégicos e transmita seu conhecimento.


Quais as principais soft skills podem ser desenvolvidas com trabalho voluntário?

 

1. Empatia

Para realizar um trabalho voluntário, é necessário que a pessoa tenha humildade, pratique a escuta ativa para conhecer a realidade da ONG e se coloque no lugar dos colaboradores e beneficiários da organização para conseguir entender as suas dores e ajudar a solucioná-las. Pessoas mais empáticas constroem relações mais saudáveis no ambiente de trabalho e têm maior capacidade de colocar clientes no centro de suas ações.

 

2. Trabalho em equipe

A coletividade e a colaboração são características do voluntariado empresarial, já que na maioria das vezes o voluntário não trabalha sozinho. A necessidade de trocar com diversas pessoas é uma oportunidade de compreender a singularidade de cada um e suas diferentes ideias, além de trabalhar com compreensão para tomar decisões direcionadas ao objetivo comum do grupo. 

 

3. Comunicação

O voluntariado é uma oportunidade para aprimorar habilidades de comunicação, característica indispensável na troca entre voluntários e ONG. O voluntário terá que conversar com diversos tipos de pessoas, quaisquer que sejam suas vivências, realidade social e idade, para criar um bom relacionamento com elas e obter sucesso no projeto. Assim, será necessário entender o interlocutor, ajustar a forma de comunicação e transmitir mensagens de forma objetiva. 

 

4. Flexibilidade à mudança

Estar disposto a atuar em um ambiente diferente do dia-a-dia profissional, por si só, já exige do voluntário flexibilidade e adaptação a este novo contexto. Além disso, em uma ação de voluntariado de habilidades em que se trabalha com temáticas de gestão, novas variáveis podem surgir ao longo do projeto e demandar alterações, desde pequenos ajustes até grandes mudanças de rota. É preciso estar aberto às mudanças e também ter resiliência e agilidade para colocá-las em prática.

 

5. Inovação e criatividade

ONGs enfrentam uma realidade de poucos recursos, tanto financeiros como humanos. Se o objetivo do voluntariado é ajudar a ONG com soluções, é preciso considerar este cenário e refletir quais soluções poderiam ser realmente viáveis e executadas. É importante pensar fora da caixa e ser criativo e inovador. Além disso, esta também é uma oportunidade para reconhecer potencialidades e agregar valor a uma solução que pode já existir dentro da ONG.

 

6. Priorização e planejamento estratégico

Apoiar a gestão de uma ONG é perceber que há inúmeros desafios a serem solucionados. Porém, para que a ajuda do voluntário à ONG seja efetiva, é preciso priorizar as temáticas que serão trabalhadas e analisar a viabilidade das possíveis soluções que surgirem para se tomar a melhor decisão, considerando o resultado que se quer alcançar. Ademais, o voluntário precisa ter uma visão sistêmica da organização e transformar as suas ideias de solução em planos de ação realistas.

 

7. Capacidade de execução

Envolver-se em uma ação de voluntariado bem planejada, com duração definida e com um objetivo a ser alcançado, além de ser muito motivador para os voluntários, também lhes permite verificar o resultado gerado em um curto espaço de tempo a partir de seu trabalho. É uma forma de gerar satisfação e sensação de trabalho cumprido ao colaborador e fazê-lo perceber sua capacidade de iniciar e finalizar projetos com sucesso. 

 

Muitas outras soft skills podem ser desenvolvidas por meio do voluntariado corporativo. Se a equipe de RH da sua empresa não está envolvida no planejamento das ações de voluntariado, chame-a para uma conversa e entenda quais soft skills a empresa quer desenvolver em seus colaboradores. 

 

Ao aliar voluntariado com desenvolvimento profissional, não deixe de comunicar aos colaboradores os ganhos que eles podem ter ao atuar como voluntários. Ter consciência de quais habilidades serão desenvolvidas auxilia os colaboradores na compreensão e implementação destas habilidades no dia-a-dia profissional. Além disso, também os faz perceber quais comportamentos e atitudes precisam ser aprimorados para fortalecer-se profissionalmente e estar melhor preparado para os desafios futuros. 

 

Por fim, acompanhe os resultados. Faça pesquisas e avaliações para medir o impacto que as ações de voluntariado estão gerando para os colaboradores e para a empresa. Bom trabalho! 

 

Ficou interessado e quer desenvolver habilidades nos colaboradores da sua empresa por meio de um programa de voluntariado corporativo? Entre em contato com a Phomenta.



Palavras-chaves: Trabalho Voluntário, Programa de Voluntário, Soft Skills, Programa de Voluntariado Corporativo, desenvolver soft skills




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